quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

SPORT CLUB MANGUEIRA - RIO DE JANEIRO - RJ

O Sport Club Mangueira foi fundado em 29 de julho de 1906 na cidade do Rio de Janeiro. Fundado por operários da fábrica ‘Chapéus Mangueira’, no dia 29 de julho de 1906, o rubro-negro tijucano, atuou na Rua Desembargador Isidro, 72. Nos dias de hoje, o local onde antes residia o estádio, abrange parte do clube Tijuca Tênis Clube. Ao todo, a SC Mangueira participou de oito campeonatos cariocas (1909, 1912 e 1913, 1917 a 1921). No dia 30 de maio de 1909, o Sport Club Mangueira entrou pela porta dos fundos para a história do futebol brasileiro. Ao contrário do comum dos clubes, que deixam para a posteridade o rastro e as glórias de suas conquistas, esse modesto clube fundado por duas famílias de classe média de um bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, a Tijuca, ingressou na mitologia do futebol empurrado por uma humilhante derrota diante do Botafogo. Massacrado por uma goleada de 24 x 0, o maior marcador do futebol carioca. Poucos desportistas conhecem sua trajetória, mas raros ignoram sua tragédia, trazida até nossos dias por uma tradição que fala do longínquo 24 a 0 sem lhe acrescentar nenhum outro dado. O uniforme da SC Mangueira era camisa listrada na vertical vermelha e preta e calções brancos. A melhor colocação aconteceu em 1913 e 1917, quando terminou em oitavo lugar, dentre dez participantes. Após uma seqüência de insucessos, a agremiação decidiu abandonar a competição em 1921. Foi criado no bairro da Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro, por operários da fábrica Chapéus Mangueira. Como a maioria de seus funcionários morava no morro, a localidade em que viviam passou se chamar Mangueira, de onde nasce a Estação Primeira de Mangueira. Suas cores eram vermelho e preto. Em 1927 fundiu-se com o Clube de Regatas do Flamengo. No ranking desse pobre e amargurado clube, entre 1909 e 1924, existem apenas 14 vitórias e oito empates. Foram 96 derrotas em 118 jogos. E houve derrotas terríveis. 12 a 0 e 11 a 1 para o Paissandu. 16 a 2 e 14 a 0 para o Flamengo em 1912. 11 a 0 e 10 a 2 para o Fluminense em 1913. 8 a 2 para o Flamengo e 9 a 0 para o Botafogo em 1818. 8 a 0 para o Fluminense. 8x0 para o Flamengo. 11 a 1 para o São Cristovão em 1919. 7 a 3 e 5 a 0 para o Bangú. 8 a 1 e 6 a 0 para o Botafogo em 1920. São goleadas que ficaram na história do futebol carioca. Consciente de sua inferioridade no futebol, o Mangueira se refugiou na brutalidade e na violência. No campeonato de 1917, o jornal “Correio da Manhã”, censurava – “o jogo excessivamente desleal do Mangueira e a indisciplina de seus jogadores fez o torcedor esquecer que estava em um campo de futebol. Nas quatro linhas do gramado havia uma verdadeira caçada a seus adversários”. A muitos anos que o Mangueira está morto e enterrado.

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